Conviver com os meus semelhantes e pessoas que comungam dos mesmos ideais e pensamentos que eu, foi sempre a minha busca. O pensamento era assim: "Por que perder tempo com essas mentes divergentes?" ou "A vida é muito corrida e os afazeres são muitos, se tivermos pessoas afins do nosso lado o trabalho renderá mais e fluirá melhor". Sem dúvida excer atividades com pessoas que simpatizamos e temos afinade, gera sempre uma convivência passiva e tranquilia, o problema é que pode nos levar a acomodação, pois os conflitos que impulsionam o ser a ir para frente e superar-se, nessas relações as vezes não existe.
Não quero dizer que o ideal pra minha vida é somente conviver com gente que me contraria, para ter sempre conflito e transformar a minha vida numa guerra que nunca se cessa. E sim mudar o olhar: O que tem esse ser que o faz ser tão diferente de mim? Que pontos positivos tem essa pessoa? O que essa pessoa pode acrescentar na minha vida? E por ultimo respeito. Cada indivíduo tem a sua liberdade de escolha e de decisão. Ainda que este ser aos meus olhos esteja andando na contra mão, algo de bom sempre tenho para absorver dessa situação. Além disso ele também está me vendo na contramão.
Tudo isso é um grande desafio, uma nova forma de conviver que passei a experimentar agora, pois muitas vezes essa convivência é inevitável. Ao invés de fugir, me calar, ignorar, desprezar, brigar ou pedir para trocar de lugar.
Tenho tido surpresas com esse novo olhar: Ao invés de ficar defendendo os meus ideias com toda força e cegar-me para o mundo, houve momentos que percebi que quem estava andando na contramão naquela situação, era eu mesma e que a forma de agir do outro a principio tão estranha para mim, copiada e adaptada a minha vida tornava os meus dias mais práticos ou funcionais. E assim muitas vezes agente abandona os velhos vícios e se permite conhecer o novo.
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